Desde 1998, quando a Lei 9.601/98 alterou o artigo 59 da CLT, muitas empresas vêm adotando uma nova estratégia para gerir o tempo de trabalho dos colaboradores. Em vez de pagar pelas horas extras ao final de cada mês, elas adotam o modelo de banco de horas, que permite que horas trabalhadas além da jornada contratada sejam descontadas em outros momentos da rotina do colaborador, dentro das exigências e determinações da lei.
Isso permite, por exemplo, que os gestores tenham maior controle da sazonalidade de um negócio. Se o mês de janeiro é mais tranquilo, pode ser usado para compensar as horas a mais trabalhadas nos meses mais intensos. É uma forma de gestão interessante para todos os lados e tem impactos, inclusive, na produtividade da equipe. Veja por quê!
A motivação tem ligação direta com a identificação do colaborador com sua empresa. Um regime de banco de horas, que permite que o colaborador não vá trabalhar ou tenha uma jornada reduzida em determinados momentos e compense essas horas em outro período, é uma demonstração clara de que a empresa se preocupa com o seu bem-estar.
Só o fato de conhecer essa possibilidade já é um grande fator de motivação para a maioria dos colaboradores, que tendem a receber a flexibilidade da empresa com bons olhos. E, claro, a relação entre motivação e produtividade já é bem conhecida por todos.
O banco de horas é, de certa forma, uma mensagem para o colaborador, que significa que o empregador o respeita, valoriza o seu trabalho e o seu tempo. Por isso, adota práticas para que o exercício profissional se dê sempre em condições adequadas e justas.
Essa percepção é determinante para o colaborador, que passa a adotar uma postura mais comprometida e faz valer melhor o seu tempo de trabalho.
Pensando objetivamente, não faz o menor sentido que a mesma força de trabalho esteja alocada durante o mesmo tempo em períodos de alta e baixa demanda. O banco de horas oferece ao gestor a oportunidade de concentrar esforços em momentos cuja necessidade da empresa é maior, permitindo que seus colaboradores descansem e compensem o trabalho em horas mais folgadas.
Isso, claramente, se traduz em mais produtividade, uma vez que os colaboradores vão estar conscientes da dinâmica, se organizando internamente para estarem mais descansados e disponíveis quando for necessário.
Sabemos que, muitas vezes, um colaborador está se sentindo indisposto ou com algum problema pessoal complicado e, ainda assim, comparece ao trabalho, pois a empresa não tem uma cultura de compensação. Nesses casos, temos um colaborador extremamente disperso e, consequentemente, pouco produtivo.
Incentivar que os colaboradores compensem as horas acumuladas em momentos como esses é uma forma de garantir que o trabalho será realizado com mais qualidade e nas melhores condições.
Nada melhor que construir uma relação de parceria com o seu colaborador, não é mesmo? A flexibilidade do banco de horas é um excelente começo para tanto, uma vez que é um sistema transparente, justo e que favorece os dois lados, quando utilizado com inteligência e planejamento pelos gestores.
E você? Já utiliza o banco de horas na sua empresa? Percebe impacto na produtividade dos colaboradores? Não deixe de compartilhar conosco quais são as principais vantagens dessa escolha.